No capítulo anterior...
Domitília
tenta expulsar Beija de sua festa
Beija
não se intimida e diz que é convidada de Pedro
O
imperador chega e pensa que as duas estão se entendendo
Mais
tarde Pedro assedia Benedita e marcam encontro na fazenda
D. João
VI morre e Pedro abre mão do trono em favor de sua filha Maria da Glória
Domitília
entra no quarto e um capataz a aguarda escondido com uma faca na mão
CAP. 205
Domitília troca de roupas e se prepara para deitar. O capataz
aguarda o momento oportuno para atacá-la.
Logo em seguida Pedro adentra o quarto. Ao se abaixar para
retirar suas botas, ele percebe outro par de botas sob a cortina.
Instintivamente faz um gesto para que Domitília se mantenha quieta. Clima muito
tenso.
O Imperador anda pelo quarto, conversa e tenta manter a
naturalidade enquanto pensa em como reagir.
Dado momento ele se atira sobre o capataz, arrancando as
cortinas. Segue-se intensa luta corporal. Momentos de muita tensão. Domitília
se desespera e grita. Pedro toma a faca do adversário e lhe corta a garganta.
DOMITÍLIA (chocada): Esse
homem veio aqui para me matar... Não era para você estar aqui... Ele sabia que
eu estaria sozinha...
PEDRO: De agora em diante é
melhor tomar cuidado. Tem alguém querendo a sua cabeça.
DOMITÍLIA: Mas quem?
Corta para a Quinta da Boa Vista, no quarto dos imperadores.
PEDRO: Estou pensando
seriamente em trazer Isabel Maria para ser educada aqui no palácio, junto com
as outras crianças. Não faz sentido a menina ser criada sozinha, isolada, já
que sua mãe trabalha aqui na Quinta.
LEOPOLDINA: Pedro, não me peça o
impossível. Já sou obrigada a tolerar muito mais do que poderia suportar. Mas
trazer a filha de Domitília para ser criada junto com os nossos filhos já é um
pouco demais.
PEDRO: Isabel é só uma
criança, não tem culpa de nada que os adultos fazem...
LEOPOLDINA: O problema não é a
criança, é a mãe. Já não basta ter de aturar o seu caso de amor com a Marquesa
debaixo do meu nariz? Ainda serei obrigada a criar a filha dela? Francamente,
Pedro, está passando de todos os limites!
Na manhã seguinte, na Praia Vermelha, arredores do Pão de
Açúcar.
Beija brinca na areia com Pedro Antonio e Tereza Tomázia.
Enquanto isso Joana de Deus dorme serenamente nos braços de Flaviana.
BEIJA: Como eu sonhava com
isso... Brincar na areia, sujar, molhar... Fico tão feliz de poder proporcionar
isso aos meus filhos...
SEVERINA: Ser criança é muito
bom, não é, Sinhá? A gente não pensa em nada, não tem compromisso com nada...
BEIJA: Apesar de só
conhecer a praia depois de adulta, tive uma infância muito feliz. Meu avô me
enchia de carinhos e mimos. E como não havia mais netos, todas as atenções
sempre foram pra mim. Não posso me queixar, tive uma infância muito feliz,
muito feliz mes/ (corta)
Alguns gritos vindos da água despertam a atenção delas. São
gritos desesperados de uma mulher que está se afogando.
BEIJA: Moisés! Josué!
Alguém está se afogando! Corram!
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