No capítulo anterior...
Para
ferir Pedro, Beija diz que o filho que espera é de Motta
Pedro
fica irado e se sente enganado
Ele
pergunta porque Beija não aborta a criança já que odeia Motta
Beija
se nega e diz que a criança não tem culpa de nada
O
Príncipe agride Motta e sua esposa presencia
Pedro
conta a Veridiana que Motta e Beija terão um filho
CAP. 156
VERIDIANA: Como assim, Alteza?
Que história é essa de filho?
PEDRO: Seu marido, o
Ouvidor Motta, é amante de Dona Beija, que agora espera um filho dele!
VERIDIANA: Isso é verdade,
Motta?
PEDRO: Seja homem, Motta,
assuma! Você não fica todo exaltado quando alguém toca no nome de Beija? Então
seja homem para assumir as suas responsabilidades!
MOTTA (cabisbaixo): É
verdade, Veridiana. Sua Alteza tem razão.
VERIDIANA: Mas é um sem
vergonha mesmo! Francamente, Motta! Depois de velho deu para o descaramento, a
safadagem! Não respeita a sua esposa, os seus filhos... Você é uma vergonha
para a nossa família./
PEDRO (interrompendo):
Dona Veridiana, aqui é meu ambiente de trabalho. Se não se incomoda, prefiro
que continue essa conversa com o seu marido na sua casa. Tenho muito o que
fazer. Retirem-se.
VERIDIANA: Sim, Alteza, com a
sua licença.
Motta não diz uma palavra. Extremamente contrariado, prefere o
silêncio para evitar o pior.
Enquanto isso, na Chácara Cedro...
BEIJA: Vamos à cidade
amanhã comprar algumas peças para o enxoval do bebê. Não falta muito tempo para
seu nascimento. Depois preciso ficar quieta e aguardar a minha hora. O bebê
pode nascer a qualquer momento.
SEVERINA: A Sinhá não acha
melhor ter esta criança na cidade?
BEIJA: Não. Vamos ficar por
aqui mesmo. Quanto menos gente souber disso, melhor. Fazemos as compras,
passamos o resto da semana na cidade no sábado de manhã, deixamos a parteira de
sobreaviso e voltamos pra cá.
SEVERINA: A Sinhá é quem sabe.
Que Deus lhe dê uma boa hora.
Na tarde seguinte, após as compras, Beija se deita para tirar um
cochilo, pois está exausta. Pouco depois acorda com gritos em frente ao seu
sobrado.
VERIDIANA: Beija! Apareça sua
devassa! Onde está você, ladra de maridos alheios?
A escrava percebe a movimentação e corre ao quarto.
SEVERINA: Sinhá, tem uma
mulher gritando coisas horríveis lá fora sobre Dona Beija. E agora o que a
gente faz?
BEIJA (olhando pela
janela): É a mulher do Motta. Pode deixar que eu falo com aquela maluca.
Beija desce e caminha até o portão, seguida de perto por
Severina e Flaviana.
VERIDIANA: Apareceu, Beija?
Mulher de vida fácil! Rapariga! Ladra de maridos alheios!
Beija fica estática.
Continua segunda-feira...
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