No capítulo anterior
Motta
pergunta a Pedro o que pretende fazer
Pedro
diz que não vai fazer nada, porque Motta é protegido de D. João
Com
relação a Beija, pede um tempo para pensar
D. João
revela a Pedro a chegada de sua noiva da Europa
Beija
planeja contar a Pedro que está grávida
Pedro
comunica a Beija que vai se casar com Leopoldina
CAP. 151
BEIJA: Eu ouvi bem, foi
isso que disse? Vai se casar com outra mulher?
PEDRO: Entenda, Beija, não é por vontade minha, mas sim, por imposição de meu pai.
PEDRO: Entenda, Beija, não é por vontade minha, mas sim, por imposição de meu pai.
BEIJA (chorando): Mas e
nós? Vivemos uma linda história de amor... E agora de uma hora pra outra tudo
isso acaba?
PEDRO: Infelizmente meu pai
assinou um documento se comprometendo com o Imperador da Áustria. É uma coisa
que não pode ser desfeita.
BEIJA: Mas, os seus
sentimentos não são levados em consideração? E a sua vontade, isso não conta?
PEDRO: Não, Beija, não
conta. Meu pai bateu o pé. E tem de ser assim. É um acordo entre dois países,
não pode ser desfeito, nem mudado. Eu sinto muito...
BEIJA: Você não pode me
deixar aqui assim... Eu o amo, Pedro! Por isso que nunca fizemos planos...
Sempre tão superficial, não é, Pedro? É porque já tinha a intenção de me
abandonar...
PEDRO: Não seja injusta
comigo, Beija. Isso nunca me passou pela cabeça. Não pense que não estou
sofrendo. Deus é minha testemunha o quanto relutei contra isso. Não tinha
planos de me casar tão jovem, mas se assim o fosse, queria que fosse contigo.
Mas agora não há outra solução.
BEIJA: Meu Deus! Como podem
obrigar duas pessoas que nem se conhecem a se casarem?
PEDRO: Peço que me perdoe.
Não queria que sofresse, afinal de contas meu amor por você é puro e
verdadeiro. Mas saiba que sempre poderá contar comigo. Melhor eu ir agora.
Adeus.
Beija senta e chora amargamente. Severina a ampara.
Horas mais tarde...
SEVERINA: A Sinhá nem falou
nada da gravidez?
BEIJA: Como? Ele chegou e
já foi despejando a notícia sobre mim... Nem se tivesse dado tempo não teria
falado...
SEVERINA: Porque, Sinhá?
BEIJA: Se contasse, ficaria
parecendo que era um golpe para forçá-lo a ficar do meu lado. E pelo que
entendi, nem isso adiantaria... Pedro falou de um acordo entre países, coisa
complicada de se resolver...
SEVERINA: E agora, como a
Sinhá vai fazer com essa criança, sem pai?
BEIJA: Vou criá-la, sozinha
mesma. Não preciso de homem ao meu lado para criar um filho. Sou muito mulher
para ser pai e mãe ao mesmo tempo.
Nos jardins do palácio...
PEDRO: Estou com o coração
amarrotado. Pela primeira vez amei alguém de verdade. Achava que seria pra
sempre...
CHALAÇA: Foi melhor assim,
Pedro. Seu relacionamento com Beija não teria futuro. D. João nunca permitiria
sua união...
PEDRO: Mesmo que não fosse
uma união oficial, mas ficar a seu lado me bastaria. Quando a gente ama, o que
se quer é ficar junto... Mas agora, do jeito que tudo terminou, Beija jamais me
perdoará...
De volta à Rua do Ouvidor... A escrava se dirige à sala.
SEVERINA: Dona Beija mandou me
chamar?
BEIJA: Sim, chamei. Diga a
Moisés que procure o Chalaça e o mande ir à Chácara Cedro amanhã à noite. Quero
dar uma lição naquele cretino da qual jamais se esquecerá!
Continua amanhã...
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