No capítulo anterior...
Beija
pergunta a Pedro quem é Domitília
Ele
confirma que mantém um novo romance
Mas
insiste que não abrirá mão de Beija
Pedro
confessa que está com ciúmes de Antonio Sampaio
Pede
que Beija dispense os convidados do sarau e passe a noite com ele
Um
protesto promovido pelos irmãos Andradas se transforma em tumulto
Leopoldina
pressiona Chalaça para saber onde está Pedro
CAP. 192
LEOPOLDINA: E não adianta negar,
Chalaça, você sabe muito bem onde Pedro está.
CHALAÇA (confuso): Mas
Imperatriz... É que saí... Eu não sei se.../
LEOPOLDINA (cortando): É uma
emergência, homem! Não vê a gravidade da situação? Diga logo!
CHALAÇA: Mas... D. Pedro... É
que.../
LEOPOLDINA: Não precisa dizer
mais nada! Já entendi tudo! Pedro está na casa de Beija, não é isso?
Chalaça se cala. Nesse instante Domitília se aproxima.
DOMITÍLIA: Quem é essa Beija?
CHALAÇA: É uma antiga
serviçal aqui do palácio. Era dama de companhia de D. Carlota Joaquina.
LEOPOLDINA: É assim que se
refere àquela cortesã, Chalaça? (e para Domitília) É uma das muitas amantes que
Pedro mantém aí pela cidade. Agora, enquanto estão todos aqui desesperados à
sua procura, certamente está na casa dela, enfiado sob os lençóis do pecado!
Domitília fica chocada, de olhos arregalados, mas não insiste em
saber mais nada porque percebe que a Imperatriz está muito alterada.
LEOPOLDINA: Vá ao encontro de
Pedro, Chalaça, e o avise da gravidade da situação. Vamos! Já!
Chalaça manda um mensageiro até a Chácara Cedro. Pedro segue
para o Paço Imperial, interrompendo seus planos de uma noite de amor com Beija.
Percebendo o princípio de tumulto e a necessidade de segurança,
o Imperador aciona o Exército. Porém a presença das tropas acirra os ânimos no
interior da Assembléia Constituinte, a poucos metros dali.
Pedro envia um ministro para explicar o motivo do estado de
alerta dos militares, mas a mensagem não é compreendida. Os deputados
consideram o Imperador um “fora-da-lei”.
Ao saber disso Pedro assina um decreto dissolvendo a Assembléia
Constituinte. Alguns deputados são presos, entre eles os irmãos Andradas.
Dias depois, no sobrado do Estácio de Sá, Domitília recebe o pai,
Benedita e o marido, Boaventura Delfim.
BENEDITA (inconformada): Não
entendo porque não podemos nos instalar nessa casa já que você, minha querida
irmãzinha, está vivendo no palácio imperial com sua Alteza, o Imperador...
DOMITÍLIA (irritada):
Agradeça, irmãzinha, por eu ter intercedido a Pedro que os trouxesse para o Rio
de Janeiro. Aliás, acabo de concluir que esta foi a maior burrada que já fiz.
Ou vocês se instalam na Fazenda de Santa Cruz, como estou propondo, ou agora
mesmo falo com Pedro para que os envie de volta para Santos.
TC JOÃO: Não será necessário,
filha. Benedita e eu agradecemos muito a sua generosidade e vamos nos instalar
na fazenda o mais rápido possível, não é Benedita?
Contrariada ela nem responde.
Corta para o quarto, onde Pedro está deitado na cama, à vontade,
aguardando pela amada. Logo que se aproxima, ele a puxa com energia e a beija
com paixão.
PEDRO: Como é bom estar à
sós com você, meu amor!
DOMITÍLIA: Pedro, preciso lhe
contar uma coisa: estou esperando um filho seu.
Continua segunda-feira...
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